Todos os Estádios do SL Benfica




 

A biografia dos nossos campos assina uma página brilhante na história do Clube, paradigmática do modo como cresceu o Benfica, uma odisseia dentro da gloriosa história Benfiquista.

  • ›  Campo Terras do Desembargador
  • ›  Campo da Feiteira
  • ›  Campo de Sete Rios
  • ›  Campo do Benfica
  • ›  Campo das Amoreiras
  • ›  Campo Grande
  • ›  Estádio da Luz

Quando o Benfica nasceu, em 28/02/1904, não possuía ainda terreno de jogos. Fundado por alguns dos melhores futebolistas portugueses da época, mas sem grande capacidade económica, o Clube começou por utilizar os terrenos públicos das Terras do Desembargador, em Belém, junto ao Convento das Freiras Salésias, onde já se jogava futebol desde 1892 e que era, para o efeito, no final do séc. XIX e início do séc. XX, um dos locais mais utilizados em Lisboa. Foi neste espaço que os nossos primeiros jogadores se iniciaram no "desporto-rei", numa primeira fase como espetadores e posteriormente como jogadores. Após as épocas de 1904/05 e de 1905/06, a degradação do piso, bem como a falta de condições para espetadores (bancadas) e jogadores (balneários), levou o Benfica a deixar de utilizar o terreno.

Sem conseguir obter um espaço próprio, apesar de o ter tentado com insistência, o Benfica jogou, na época de 1906/07, utilizou o Campo da Quinta Nova (Carcavelos) e o Campo da Cruz Quebrada. Na época de 1907/08, continuou a utilizar os campos existentes em Lisboa, mas, com a inauguração do campo na Quinta da Feiteira, na zona de Benfica, passou a utilizar estas instalações, ainda que, inicialmente, na condição de campo neutro. O Clube possuía, então, uma superestrutura (equipa excelente) mas faltava-lhe a infraestrutura (terreno próprio) que permitisse aos jogadores desenvolver a sua atividade.

No início de 1908/09, com a absorção das estruturas (campo atlético, sede e órgãos sociais) do Sport Clube de Benfica (titular da Feiteira), o excelente grupo de jogadores de Belém passava, finalmente, a possuir um campo de jogos, onde se manteve até 1910/11. Todavia, a incapacidade de pagar o arrendamento inviabilizou a continuação em Benfica, com o clube a utilizar, nas épocas seguintes, dois campos de clubes adversários: em 1911/12, o campo de Palhavã, propriedade do SC Império, e, na temporada seguinte (1912/13), o campo das Laranjeiras, propriedade do Internacional (CIF).

Finalmente, após duas temporadas, o Benfica utilizava de novo um campo próprio - Sete Rios - construído num terreno alugado, a Quinta Nova, onde esteve durante 4 temporadas (1913/14 a 1916/17), transferindo-se depois para um espaço que oferecia melhores condições após obras de melhoramento. A intenção era continuar em Sete Rios, mas o SL Benfica viu-se obrigado a sair com o aumento inadmissível da renda, mas também porque sentia dificuldades em acompanhar (uma vez mais...) o aumento da renda. O campo localizava-se na Quinta de Marrocos, em Benfica, nas traseiras da sede, situada na Avenida Gomes Pereira. Alugou e utilizou este espaço entre 1917/18 e 1922/23. Desta vez, foi obrigado a sair devido ao facto de o local onde se encontrava o campo ter sido requerido para construir uma rua.

Na temporada de 1923/24, havia falta de campos na cidade, com os jogos a serem disputados em apenas dois redutos: Palhavã (propriedade do Império Lisboa Clube) e Campo Grande propriedade do Sporting). Na época de 1924/25, o Benfica voltou a ter "casa emprestada", o campo de Palhavã, que utilizou até à conclusão das obras de construção do Estádio das Amoreiras, um grande empreendimento, apenas possível graças à vontade e ao clubismo dos associados.

Do nada construiu-se um grande estádio, onde permanecemos durante 15 épocas, entre 1925/26 e 1939/40. Porém, uma vez mais por motivos de expansão urbana da cidade, o campo foi sacrificado para construir uma via de acesso ao viaduto de Monsanto (atual Duarte Pacheco).

Na época de 1940/41, utilizámos como "campo próprio" três instalações, de outros clubes. A nível de jogos oficiais, fizemos 1 jogo nas Salésias, propriedade do Belenenses, 1 no Lumiar-A (Unidos FC, de Lisboa) e 13 no Estádio do Lumiar, onde jogava o Sporting. Isto enquanto eram preparadas as novas instalações no Campo Grande. Foi neste recinto que jogámos 13 temporadas, de 1941/42 a 1953/54. O Clube deixou de disputar jogos de futebol no recinto do Campo Grande a partir de 1954, mas continuou a utilizar o Campo do Campo Grande até 1971 para futebol formação e diversas modalidades, por possuir lá campos de treinos, uma pista de atletismo, carreira de tiro e um campo de basquetebol. Foi uma campanha gloriosa, com contribuições em dinheiro, géneros (para leiloar) e trabalho, de milhares de Benfiquistas espalhados por todo o mundo.

Em pouco mais de meio século, o Benfica conseguiu, através dum esforço gigantesco, transformar o seu Estádio no melhor de Portugal e num dos maiores do mundo.




Comentários

Widget posts recentes

Insira o seu endereço de email:

Delivered by FeedBurner