A 7 de maio de 1960 aterrou em Goa um avião que suscitou curiosidade tamanha. Dentro da aeronave estava a equipa do Sport Lisboa e Benfica que faria uma digressão pelo território (à altura) português e disputaria três jogos com formações locais.
O jornal indiano "Sunday Times" recordou agora os 60 anos dessa visita encarnada, considerando o periódico que "nunca nada gerara tanto interesse como o Benfica", clube já "considerado nesse tempo como um dos melhores do mundo".
Com o título "Um ano depois de Goa, o Benfica conquistou a Taça dos Campeões Europeus", a peça recorda a receção ao Glorioso na pessoa do governador do território Vassalo e Silva, que congratulou a visita, destacando que esta iria permitir que "todos ficassem mais bem-informados – passando de geração em geração – sobre uma terra que faz parte de cinco séculos de história gloriosa de Portugal".
Com um plantel composto, maioritariamente, por jogadores das reservas, o Benfica disputou e venceu três jogos: 2-1 à Seleção Militar, 4-0 ao Goa e 1-0 à Seleção de Goa. Pelos encarnados atuaram Bastos e Marques como guarda-redes; Ramalho, Sidónio, Alfredo, Zezinho, Inácio, Jurado, Vieira Dias, Mendes, Palmeiro, António Moreira, Espírito Santo e Malta da Silva, como jogadores de campo.
Estava dado o mote para o que se seguiria… o Benfica conquistou duas Taças dos Clubes Campeões Europeus, diante do Barcelona (1960/61) e do Real Madrid (1961/62), e ganhou o cognome de Glorioso.
Para os goeses e para o "Sunday Times", há uma certeza: a digressão a Goa foi um amuleto da sorte para as finais de Berna e Amesterdão.
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